sábado, 27 de outubro de 2007

magik markers

para uma banda (algo sobrevalorizada) que se mostrava estimulante essencialmente ao vivo...os magik markers nunca encontraram maneira numa longa enchurrada de lançamentos criar um álbum onde esse entusiasmo prepassasse na sua plenitude (excepção feita ao interessante "i trust my guitar, etc.")..."boss" é para já declaradamente o primeiro grande álbum da banda...deixando de lado o lo-fi intrusivo e as tácticas "shock" que pautavam os seus trabalhos (como documentos falhados da experiência ao vivo) e abraçando as canções com uma desenvoltura surpreendentemente eficaz e vital...não deixa de lado o uso do ruído como matéria moldável...no entanto este já não se sustenta a si próprio...e aparece como elemento benéfico em canções (volto a frisar o termo) que atirando-se com algum descaramento (elogio) a sonic youth, live skull ou mesmo pj harvey circa "rid of me" não se esgotam nestes pressupostos e conseguem soar extremamente refrescantes..."axis mundi" eleva-se ligeiramente acima do restante álbum...transporta-se da alienação de "EVOL" para o free jazz e de volta com uma mestria assinalável evitando sempre um refrão...e no final ainda nos deixa o melhor riff de baixo deste ano (só para que a guitarra se possa contorcer e espraiar em todas as direcções...afinal de contas a distorção ganha (quase) sempre)

axis mundi: http://www.zshare.net/audio/4487441c91c8fe/

1 comentário:

Pedro Nunes disse...

Já divaguei por quase toda a discografia da banda sem nunca ter encontrado um disco muito bom e consistente. Parece que este Boss é a excepção, pelo menos pelo que tenho lido. Irei ouvir....