para uma banda (algo sobrevalorizada) que se mostrava estimulante essencialmente ao vivo...os magik markers nunca encontraram maneira numa longa enchurrada de lançamentos criar um álbum onde esse entusiasmo prepassasse na sua plenitude (excepção feita ao interessante "i trust my guitar, etc.")..."boss" é para já declaradamente o primeiro grande álbum da banda...deixando de lado o lo-fi intrusivo e as tácticas "shock" que pautavam os seus trabalhos (como documentos falhados da experiência ao vivo) e abraçando as canções com uma desenvoltura surpreendentemente eficaz e vital...não deixa de lado o uso do ruído como matéria moldável...no entanto este já não se sustenta a si próprio...e aparece como elemento benéfico em canções (volto a frisar o termo) que atirando-se com algum descaramento (elogio) a sonic youth, live skull ou mesmo pj harvey circa "rid of me" não se esgotam nestes pressupostos e conseguem soar extremamente refrescantes..."axis mundi" eleva-se ligeiramente acima do restante álbum...transporta-se da alienação de "EVOL" para o free jazz e de volta com uma mestria assinalável evitando sempre um refrão...e no final ainda nos deixa o melhor riff de baixo deste ano (só para que a guitarra se possa contorcer e espraiar em todas as direcções...afinal de contas a distorção ganha (quase) sempre)
axis mundi: http://www.zshare.net/audio/4487441c91c8fe/
sábado, 27 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
a solidão (pela mulher)
"second skin-zombie wind" de grouper e "imperfect fifths" de dialing in são ambas magníficas na recriação de um certo sentimento de memória (e a tristeza/nostalgia que possa acarretar) e em que medida esta pode (com alguma legitimidade) ser "musicada"...algo similares neste ponto subsistem no entanto diferenças na contextualização em que esta "memória" se insere...enquanto a sra. harris (grouper) se entrega mais abertamente a um certo ideal de canção "pop" acentuando uma familiaridade e próximidade típicas de uma nostalgia ainda muito presente...reita piecush (dialing in) escava mais fundo em lugares mais recônditos e por conseguinte menos identificáveis...substiste um certo torpor e a dormência (que o uso da distorção só vem acentuar) de quem recorda apenas a custo um algo cada vez menos presente mas marcante...
a utilização de voz (ambas devem a tonalidades arabescas) como fio condutor dos temas acaba por transportar para o conceito de memória a (inevitável) solidão...transparecendo a ideia de que o presente de abandono é causa desse mesmo passado...
second skin-zombie wind: http://www.megaupload.com/?d=9FML9RS7
imperfect fifths: http://www.megaupload.com/?d=4C5VYJQ5
está um domingo chuvoso e entediante...por vezes dá para estas coisas do "sentir"...
a utilização de voz (ambas devem a tonalidades arabescas) como fio condutor dos temas acaba por transportar para o conceito de memória a (inevitável) solidão...transparecendo a ideia de que o presente de abandono é causa desse mesmo passado...
second skin-zombie wind: http://www.megaupload.com/?d=9FML9RS7
imperfect fifths: http://www.megaupload.com/?d=4C5VYJQ5
está um domingo chuvoso e entediante...por vezes dá para estas coisas do "sentir"...
terça-feira, 4 de setembro de 2007
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
black dice vs. eric copeland
"beaches & canyons" dos black dice é suficientemente poderoso para que por si só justificasse a existência da banda...no entanto o trio de brooklyn teve o bom senso de continuar a ser suficientemente interessante (e por vezes surpreendentemente eficaz) em "creature comfort" ou "miles of smiles"...não sendo justo esperar outro "beaches & canyons" a verdade é que os últimos trabalhos roçam uma banalidade por eles criada...os indícios de aborrecimento que ocasionalmente se faziam sentir em "broken ear record" foram confirmados em "manoman" e a nova faixa "komono" segue a mesma via auto-caricatural a que se resignaram...espero que "load blown" (a sair este ano) não confirme as expectativas...
kokomo:http://www.myspace.com/blackdicemyspace
contraponto: eric copeland parece andar bastante activo..."dead drunk" de terrestrial tones (projecto partilhado com deaken (animal collective)) conseguiu facilmente superar qualquer coisa feita pelos black dice pós "creature comfort"...e o seu primeiro álbum a solo "hermaphrodite" consegue no seu despojamento e sinceridade aceder a estados bem mais lúdicos do que aquilo que a sua banda pretende insinuar...sem cair em pretensiosismos avant-garde mascarados de hedonismo e descartando o apelo à alienação que começa a parecer cada vez mais o modus operandi dos black dice...ganha como havia acontecido em "dead drunk" um certo apego a formas já conhecidas e confortáveis para o criador...recorrendo usualmente à repetição de padrões (vocais, electrónicos, percussivos) de modo a construir peças curtas que não almejam mais do que sobreviverem no cérebro o tempo decorrente da audição...e isto é suficientemente bom...
spacehead:http://www.megaupload.com/?d=R0HWU65D
kokomo:http://www.myspace.com/blackdicemyspace
contraponto: eric copeland parece andar bastante activo..."dead drunk" de terrestrial tones (projecto partilhado com deaken (animal collective)) conseguiu facilmente superar qualquer coisa feita pelos black dice pós "creature comfort"...e o seu primeiro álbum a solo "hermaphrodite" consegue no seu despojamento e sinceridade aceder a estados bem mais lúdicos do que aquilo que a sua banda pretende insinuar...sem cair em pretensiosismos avant-garde mascarados de hedonismo e descartando o apelo à alienação que começa a parecer cada vez mais o modus operandi dos black dice...ganha como havia acontecido em "dead drunk" um certo apego a formas já conhecidas e confortáveis para o criador...recorrendo usualmente à repetição de padrões (vocais, electrónicos, percussivos) de modo a construir peças curtas que não almejam mais do que sobreviverem no cérebro o tempo decorrente da audição...e isto é suficientemente bom...
spacehead:http://www.megaupload.com/?d=R0HWU65D
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
robedoor - forest for the trees
"forest for the trees" acabou de fazer muito sentido agora mesmo...ridiculamente assustadora...admite esta faceta do mesmo modo que o fazem os skaters acabando por não se levar muito a sério...simplesmente falsificando um suposto ritual negro que à partida se quereria sério para daí retirar apenas a sua dimensão ruidosa (curiosamente não se sente hostilidade mas antes um sentimento de pertença)...talvez o facto de estar a anoitecer tenha influência nisto...
http://http://www.zshare.net/audio/3266957c64ee44/
ou
http://www.megaupload.com/?d=PB9YKFWI
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muito tempo
demasiado tempo...o tédio causa coisas destas...sou capaz de deixar aqui algo de tempos a tempos...
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